terça-feira, 14 de julho de 2009

Novo grupo!

Vamos iniciar um novo grupo de mamãs no mês de Setembro!!

As nossa primeiras sementes estão já flores :) mas como o nosso jardim está sempre aberto em qualquer altura aceitamos novas mamãs para integrar o grupo.

Estamos a preparar o próximo encontro teórico para que se possa aumentar o a dinâmica dos encontros práticos.

A nossa primeira grávida já teve a L. por isso hoje comemoramos o "nosso" primeiro bebé emocionadas e de lágrima no canto do olho!!

f.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Foi assim...


Tivemos o nosso 1º encontro.

Obrigada Maria por nos teres acolhido nesse teu espaço único, tão relaxante e inspirador.




Obrigada aos papás e mamãs e bebés que vieram e que se disponibilizaram para nos ouvir e para se ouvirem uns aos outros. Para nós foi uma experiência muito rica e interessante e gostámos muito do que também aprendemos com vocês.

Quisemos falar de tudo um pouco... somos capazes de ter exagerado... as 7h de curso transformaram-se em 10h!

Embora este primeiro encontro estivesse estruturado para ser só teórico, conseguimos ter alguns momentos de partilha de vivências e também experimentámos mexer o corpo.


A verdade é que ficou toda a gente com vontade de aprender mais e começar logo logo com os exercícios, as respirações, as massagens. Vamos a isso... no próximo encontro!


Também tivemos a visita de uma mamã com o seu bebé de 5 meses, que veio para aprender mais coisas para poder depois orientar outras grávidas. Tiveram que nos deixar antes de almoço, pois mesmo ao colinho do pai não havia forma do pequenito não sentir os dentinhos que estavam para vir. Obrigado pela partilha da vossa experiência de parto.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Recomendações OMS

O "Guia Prático para a Assistência ao Parto Normal" foi publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1996 (publicação em língua portuguesa em 2000). Com base em 218 estudos sobre as intervenções no parto, e adoptando a medicina baseada em evidências na sua análise, classificaram as práticas obstétricas em quatro categorias:

Categoria A: Práticas demonstradamente úteis e que devem ser estimuladas;
Categoria B: Práticas claramente prejudiciais ou ineficazes e que devem ser eliminadas;
Categoria C: Práticas em relação às quais não existem evidências suficientes para apoiar uma recomendação clara e que devem ser utilizadas com cautela, até que mais pesquisas esclareçam a questão;
Categoria D: Práticas frequentemente utilizadas de modo inadequado.

Conclui que as práticas devem respeitar o processo fisiológico e a dinâmica de cada nascimento, devendo-se evitar o excesso de intervenções médicas, utilizando criteriosamente os recursos tecnológicos disponíveis.

À laia de resumo, muito resumido...

São desaconselhadas, entre outras:
- uso rotineiro de ecografias durante a gravidez
- uso de enema, exame rectal e tricotomia
- posição deitada durante o trabalho de parto e parto
- uso rotineiro e abusivo de ocitocina
- uso rotineiro de analgesia farmacológica
- uso rotineiro de episiotomia
- esforços de puxo prolongados e dirigidos durante o período expulsivo

O profissional de saúde deve:
- incentivar os pais a elaborar um plano de parto
- respeitar a escolha da mãe sobre o local de parto
- oferecer todas as explicações necessárias para que os pais possam tomar decisões informadas
- dar à mulher liberdade de posição e movimento durante o trabalho de parto
- facultar o contacto precoce, pele a pele, entre a mãe e o bebé e o início da amamentação na primeira hora do pós-parto

Epidural

"A epidural cria uma separação entre a mulher e o seu corpo no momento em que ela mais tem necessidade de saber, e sobretudo sentir, o que está acontecendo. A mãe fica imobilizada, pregada numa cama durante todo o trabalho, sem a possibilidade de fiar-se em suas sensações - que praticamente deixam de existir. Ela só obedece às ordens do médico e sujeita-se às suas intervenções. A parte superior do corpo assiste, impotente e submissa, à intervenção médica efectuada na parte inferior. Incapaz de participar, a mulher fica condenada a suportar; quanto ao bebé, tem de enfrentar sozinho as contracções. A mãe é forçada a abandoná-lo em plena tormenta, não
seguem juntos o mesmo percurso."

Quando o corpo consente, Marie Bertherat

"Seja qual for a forma, por enquanto misteriosa, da minha dor, ela será minha e já é minha. A dor do parto não será uma dor imposta. Não tem nada a ver com a dor do corpo machucado ou ferido. Esta sim, enfraquece, avilta,destrói. Esta merece ser anestesiada. Não a dor do nascimento. Não quero. Ouvi muitas mulheres falarem das dores do parto como um sofrimento imposto. Para elas, a sensação dolorosa das contracções é intolerável, é uma maldição herdada de mãe para filha, uma passagem compulsória e inaceitável na era em que a farmacopéia permite sua isenção. Calar essa dor parece-lhes vital. Eu as entendo. Entendo sobretudo porque elas estão se preparando para dar à luz em lugares frios e impessoais, nos quais todo o mundo só fala de dor a suportar ou de anestésicos milagrosos que podem dar alívio.
Mas não será um engodo? Por trás do discurso anti-dor das mulheres não haverá outra coisa? O medo do desconhecido, o medo da emoção, o medo de ser mãe, o medo de ser responsável por um outro ser. Será que a anestesia consegue aliviar esses medos?(...)
Deixar a própria dor manifestar-se pode ser indispensável, porque isso ajuda a mãe a conhecer-se melhor, inclusivé a conhecer seu próprio nascimento. Nascer outra vez ao dar a vida."

Quando o corpo consente, Marie Bertherat

"O importante é sentir tudo. Se se aprender a fazer isso, através da respiração e relaxamento, é como uma contemplação com o nosso corpo. É como se o útero fosse o condutor e a mulher o maestro da orquestra."
Entrevista a Sheila Kitzinger

"Com o uso da analgesia peridural, há uma tendência para que o primeiro estágio do trabalho de parto seja um pouco mais longo, e com o uso mais frequente de ocitocina. Em vários relatos e estudos, constatou-se um aumento do número de partos vaginais operatórios, especialmente se o efeito analgésico foi mantido durante o segundo estágio do trabalho de parto, suprimindo assim o reflexo do puxo. Num estudo americano recente, o número de cesarianas aumentou quando se utilizou analgesia peridural, especialmente quando iniciada antes de 5cm de dilatação (Thorp et al 1993)."
in Guia Prático para a Assistência ao Parto Normal, OMS, 2000

"Uma tarefa importante do parteiro é ajudar as mulheres a suportar a dor durante o trabalho de parto. Isto pode ser obtido com o alívio farmacológico; porém mais fundamental e mais importante é a abordagem não farmacológica, iniciado durante o pré-natal com o fornecimento de informações tranquilizadoras à gestante e ao seu companheiro, e também à sua família, se necessário. O apoio empático de prestadores de serviço e acompanhantes, antes e durante o trabalho de parto, pode diminuir a necessidade de analgesia farmacológica e assim melhorar a experiência de dar à luz."
in Guia Prático para a Assistência ao Parto Normal, OMS, 2000

terça-feira, 26 de maio de 2009

O poder transformador do parto

"Birth is not only about making babies. Birth is about making mothers."

Barbara Katz-Rothman, In Labor:Woman and Power in the birthplace

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Caminhar para o nascimento...

O objectivo dos profissionais de saúde não pode ser só a integridade física da mãe e do bebé. Cada mulher precisa apreciar o triunfo pessoal da maternidade senão o seu papel não foi cumprido. Auxiliar a mãe a caminhar, a chegar ao auge do seu esforço físico e interior que culmina no nascimento do seu bebé. Mas sendo este o SEU momento fruto do SEU esforço. Eles (mãebebé) são os protagonistas desta história de amor. E nós os meros espectadores VIP de lágrima no olho...
f.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Educador perinatal - os nossos princípios

. Dar à mulher ferramentas para que esta confie que ela própria já tem o conhecimento sobre como dar à luz. Acreditamos que o corpo da mulher está preparado para o nascimento.
. Ouvir a mulher, os seus medos, as suas dúvidas, as suas emoções, as suas crenças. Acreditamos que o parto é um momento de transformação para a mulher e de crescimento pessoal. As emoções têm um efeito grande no resultado do parto.
. Encorajar a mulher a ouvir o seu próprio corpo e facilitar o processo de parto. Não se trata de impôr um método de dar à luz, pois acreditamos que não existe uma forma correcta de parir. Cada mulher e bébé e parto são únicos.
. Ajudar na escolha de um profissional de saúde e na escolha de um local de parto que transmita segurança à mulher. O melhor local de parto é aquele em que a mulher se sente mais segura: para algumas mulheres, esse local é o hospital, para outras será o domicílio, outras ainda terão preferência por casas de parto. Em qualquer destes locais deveria ser assegurada a privacidade e encorajada a mobilidade.
. Apoio à amamentação. Acreditamos que o leite materno é o melhor leite para o bébé.
. Informar sobre os jargões médicos. Acreditamos que os pais devem ter acesso a todas as informações médicas por forma a tomarem decisões informadas
. Embora as cesarianas possam salvar vidas, a taxa de cesarianas é, de acordo com a OMS, demasiado elevada. Acreditamos que os partos vaginais pós-cesariana (VBAC) são muitas vezes mais seguros do que novas cesareanas.

Porquê Nascimento Biodinâmico?

Porquê a necessidade de inventar outro termo? Biodinâmico? Não seria mais simples dizer nascimento suave, ou natural, ou normal?

O problema com o termo parto normal prende-se com o facto de esta ser uma definição de parto que é cultural e socialmente específica. Será que parto normal é um parto vaginal, por oposição a parto por cesariana? Ou parto normal significa um parto vaginal não instrumentalizado, sem uso de fórceps ou ventosas? Mas, e se a mulher tiver um parto não instrumentalizado, sendo contudo o seu parto induzido por meio de ocitocina sintética, vendo-se esta privada da possibilidade de produzir as suas próprias hormonas; ou se o profissional de saúde lhe romper as águas ou fizer um descolamento de membranas; serão estes ainda partos normais? Por isso ultimamente se tem falado tanto na necessidade de estabelecer consensos sobre o que é um parto normal.

Quando se fala de parto natural, pressupõe-se que o parto tenha decorrido sem qualquer intervenção médica e se penso num parto suave, vem-me à mente um parto pouco custoso, aprazível.

Ora, como diz Michel Odent, quando falamos de um parto suave, natural ou normal, estamos a falar da qualidade do resultado. Como é que eu posso afirmar que estou a fazer uma preparação para um parto natural? Eu só sei se o parto foi natural ou não depois de o bébé nascer. Cada mulher e cada bébé são únicos e cada parto tem as suas peculiaridades.

A única coisa que eu posso afirmar com certeza é que a atitude perante o nascimento é uma atitude biodinâmica, ou seja, de compreensão e respeito pelos processos fisiológicos da mãe e do bébé. Certamente, se houver esta compreensão será maior a probabilidade de conseguir, enquanto resultado, um parto natural e suave.

Quando falamos de nascimento biodinâmico, queremos também ressaltar a importância desta consciência e compreensão estar presente não apenas no momento do parto, mas também em todo o pré-natal e no pós-parto. Idealmente, esta atitude levar-nos-ia inclusivé a preparar o nascimento bem antes da concepção.
m.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

O porquê deste curso??

Comecei a pensar neste curso ainda estava grávida. Na altura pensei como participante e hoje também :) Faz-me pensar a forma como os nossos bebés são recebidos neste mundo. Comecei a observar como a atenção à saúde da grávida é desintegrada e consequentemente desintegradora. A sua rotina é serem acompanhadas por vários profissionais que não se relacionam e actuam em serviços desvinculados. Os cursos de preparação para o parto são, na maioria das vezes, realizados de forma muito técnica, fria e distante, vizualizando-se apenas mais um corpo grávido que ao fim de nove meses irá expulsar um corpo recém nascido. O facto de ninguém falar da vida emocional desses dois corpos permitiu-me olhar de outra dimensão, para mulheres e recém nascidos para o binómio mãebebé (que nem em palavras se dissocia).
Foi nesta base que criamos este curso para que as mulheres e os seus bebés recebam uma atenção integral como um ser bio-psico-social, principalmente durante a gravidez. Assim existe sim um espaço educacional mas cohabita com o espaço emocional em todas as sessões.

É raro encontrar profissionais de saúde que acreditem que a experiência do nascimento seja importante para o bebé e interfira no desenvolvimento emocional do indivíduo. Mas Freud já acreditava na importância do trauma do nascimento e formulou a ideia valiosa de que a sintomatologia da ansiedade poderia estar relacionada ao trauma do nascimento.

Grantly Dick Read, em 1942, acreditava na importância de proporcionar confiança à mãe com o objectivo de impedir ou superar o medo da mãe, considerado um elemento seriamente perturbador para a função materna na hora do parto.

Para Winnicott, é necessário reconhecer e avaliar o tipo de meio ambiente ao qual pertence a experiência do nascimento, bem como a capacidade que a mãe tem de se devotar ao bebé recém-nascido, a capacidade dos pais de dividir a responsabilidade, à medida que o bebé se torna uma criança e a capacidade da situação social de permitir que a devoção materna e a cooperação paterna desempenhem seus papeis.
O nascimento tem muitos níveis de experiências, alguns dos quais podem deixar marcas profundas e permanentes na saúde física e psíquica do novo ser. Portanto é necessário criar condições propícias, tanto emocionais como fisiológicas para a mãe durante a gravidez e parto e dar ao recém nascido a oportunidade de um nascimento harmonioso, respeitoso e de amor!
f.

sábado, 9 de maio de 2009

Encontro sobre maternidade e gravidez - Porto


Dia 16 de Maio pelas 15h estão convidad@s a aparecer num círculo de conversa sobre maternidade e gravidez. A entrada é livre e aberta a mães, grávidas, interessados em geral, bebés, crianças, famílias....
Podem trazer algo para lanchar e partilhar e preparar-se para trocar muita informação ou simplesmente para disfrutar do espaço verde do Parque das Varas junto ao Mosteiro de Leça do Balio.
Estarão presentes para moderar a conversa e responder a questões enfermeiras obstetras, Doulas, Educadoras Perinatais, Antropólogas e Mães com experiências diferentes para contar.

Mais informações para:
f_costaleite@hotmail.com
limarta@gmail.com

Abraços Humanizados

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Programa do Curso de Preparação para um nascimento biodinâmico

Objectivo Geral do curso teórico-prático: Auxiliar o casal no rito de passagem da gestação-parto-puerpério através de técnicas activas de relaxamento, meditação, Yoga, respiração, pintura e desenho, escrita e dramatização, dança e partilha no grupo

Objectivos específicos:
- Informar através de fontes actuais e modelos que apelam ao bem-estar da mãebebé
- Incentivar a procura interior para escolhas conscientes e plenas
- Apoiar em qualquer circunstância a nova família independentemente da sua opção de parto

I Gestação
- Anatomia e fisiologia da gestação
- Alterações físicas e psicológicas na gravidez
- Patologias da gestação - mitos e realidades
- Nutrição na gravidez
- Tipos de parto e Plano de parto
- Escolha dos profissionais e locais de parto

II Parto
- Antropologia do nascimento
- Fisiologia do parto e complicações
- Fases do trabalho de parto
- Humanização vs Rotinas hospitalares – medicina baseada em evidências – escolhas informadas
- Síndrome medo-tensão-dor vs alegria-descontração-prazer
- Epidural vs Técnicas alternativas de alivio da dor
- Posições que auxiliam o trabalho de parto e parto - encontrar o conforto no trabalho de parto
- Como identificar sinais de início de trabalho de parto
- Papel do pai e acompanhantes no parto
- Parto e sexualidade
- Cesarianas - indicações, VBAC's

III Pós-parto
- Transtornos pós-parto da mãe e recém-nascido
- Pós-operatório - Cesariana, episiotomia
- Amamentação e 1ª hora de vida
- A importância de uma rede de apoio

Nota: Estes são os temas que previmos debater sendo que se existirem outras questões que possam interessar ao grupo poderão ser incluídas ou substituídas.... Porque estes cursos são sempre uma surpresa :)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Curso de Preparação Para um Nascimento Biodinâmico

Curso de preparação para o nascimento Biodinâmico
- uma alternativa à industrialização do parto

Uma atitude biodinâmica baseia-se numa boa compreensão dos processos fisiológicos da mãe e do bebé - Michel Odent

Este curso consiste numa parte mais teórica em que se desmistificará certas práticas hospitalares rotineiras com base em evidências científicas recentes e se abordará vários temas relacionados com a gravidez, parto e pós-parto e a protecção do estabelecimento de vínculo entre a mãe e o bebé.
A parte prática incluirá a visualização de filmes sobre partos humanizados, exercícios de consciência corporal que permitem à mulher descobrir o poder e sabedoria do seu próprio corpo para parir, partilha de experiências e conversas sobre os medos. Vamos também dançar, pintar as barrigas, fazer massagens, rir, respirar, criar laços e uma rede de apoio.


Os temas discutidos ao longo das sessões seguintes ao curso teórico estarão sempre ligados à gravidez, parto e pós-parto sendo propostos e definidos por decisão conjunta entre os diversos membros dos grupos. Esta decisão relativamente ao tópico pré-estabelecido de discussão é flexível, adaptando-se às necessidades pontuais expressas por uma ou mais mulheres em cada encontro, caso estas ocorram e sejam identificadas.

Podem ser pontualmente convidados especialistas ou interessados em áreas específicas, caso o grupo considere que a sua vinda constitui uma mais-valia para o encontro.

Os grupos estão sempre abertos à entrada de novos membros até um limite de 20 participantes.

No caso de terem outros bebés ou crianças a seu cargo estas também poderão participar desde que sinta que não vão perturbar a sua atenção ou a do grupo.


Workshops/Iniciativas paralelas ao curso

Massagem para bebés
Utilização do pano porta-bebés
Como fazer produtos de cosmética natural para o seu bebé
Bebés Ecológicos
Nutrição Infantil

Doula - Acompanhamento durante a gravidez, trabalho de parto e parto
- Possibilidade de parto domiciliar com parteira
- Disponibilidade 24h/dia durante a gravidez