quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Encontros maternos - Porto

Encontros entre mães e bebés para partilha de experiências, infomação e expressão de emoções com o objectivo de fomentar o crescimento e fortalecimento das mulheres e suas famílias, para que possam vivenciar esta fase da vida de uma forma mais plena consciente e feliz.

Estes encontros são gratuitos. Organizados de mães para mães.
Pede-se apenas que tragam uma contribuição para partilhar ao lanche - comida ou bebida - de preferência saudável e natural :)

data: 6 Fevereiro - sábado
hora: a partir das 15.30
local: Rua Conde Alto Mearim 734 3ºDto - Matosinhos

contactos: f_costaleite@hotmail.com ou 934666083

Até breve

terça-feira, 14 de julho de 2009

Novo grupo!

Vamos iniciar um novo grupo de mamãs no mês de Setembro!!

As nossa primeiras sementes estão já flores :) mas como o nosso jardim está sempre aberto em qualquer altura aceitamos novas mamãs para integrar o grupo.

Estamos a preparar o próximo encontro teórico para que se possa aumentar o a dinâmica dos encontros práticos.

A nossa primeira grávida já teve a L. por isso hoje comemoramos o "nosso" primeiro bebé emocionadas e de lágrima no canto do olho!!

f.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Foi assim...


Tivemos o nosso 1º encontro.

Obrigada Maria por nos teres acolhido nesse teu espaço único, tão relaxante e inspirador.




Obrigada aos papás e mamãs e bebés que vieram e que se disponibilizaram para nos ouvir e para se ouvirem uns aos outros. Para nós foi uma experiência muito rica e interessante e gostámos muito do que também aprendemos com vocês.

Quisemos falar de tudo um pouco... somos capazes de ter exagerado... as 7h de curso transformaram-se em 10h!

Embora este primeiro encontro estivesse estruturado para ser só teórico, conseguimos ter alguns momentos de partilha de vivências e também experimentámos mexer o corpo.


A verdade é que ficou toda a gente com vontade de aprender mais e começar logo logo com os exercícios, as respirações, as massagens. Vamos a isso... no próximo encontro!


Também tivemos a visita de uma mamã com o seu bebé de 5 meses, que veio para aprender mais coisas para poder depois orientar outras grávidas. Tiveram que nos deixar antes de almoço, pois mesmo ao colinho do pai não havia forma do pequenito não sentir os dentinhos que estavam para vir. Obrigado pela partilha da vossa experiência de parto.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Recomendações OMS

O "Guia Prático para a Assistência ao Parto Normal" foi publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1996 (publicação em língua portuguesa em 2000). Com base em 218 estudos sobre as intervenções no parto, e adoptando a medicina baseada em evidências na sua análise, classificaram as práticas obstétricas em quatro categorias:

Categoria A: Práticas demonstradamente úteis e que devem ser estimuladas;
Categoria B: Práticas claramente prejudiciais ou ineficazes e que devem ser eliminadas;
Categoria C: Práticas em relação às quais não existem evidências suficientes para apoiar uma recomendação clara e que devem ser utilizadas com cautela, até que mais pesquisas esclareçam a questão;
Categoria D: Práticas frequentemente utilizadas de modo inadequado.

Conclui que as práticas devem respeitar o processo fisiológico e a dinâmica de cada nascimento, devendo-se evitar o excesso de intervenções médicas, utilizando criteriosamente os recursos tecnológicos disponíveis.

À laia de resumo, muito resumido...

São desaconselhadas, entre outras:
- uso rotineiro de ecografias durante a gravidez
- uso de enema, exame rectal e tricotomia
- posição deitada durante o trabalho de parto e parto
- uso rotineiro e abusivo de ocitocina
- uso rotineiro de analgesia farmacológica
- uso rotineiro de episiotomia
- esforços de puxo prolongados e dirigidos durante o período expulsivo

O profissional de saúde deve:
- incentivar os pais a elaborar um plano de parto
- respeitar a escolha da mãe sobre o local de parto
- oferecer todas as explicações necessárias para que os pais possam tomar decisões informadas
- dar à mulher liberdade de posição e movimento durante o trabalho de parto
- facultar o contacto precoce, pele a pele, entre a mãe e o bebé e o início da amamentação na primeira hora do pós-parto

Epidural

"A epidural cria uma separação entre a mulher e o seu corpo no momento em que ela mais tem necessidade de saber, e sobretudo sentir, o que está acontecendo. A mãe fica imobilizada, pregada numa cama durante todo o trabalho, sem a possibilidade de fiar-se em suas sensações - que praticamente deixam de existir. Ela só obedece às ordens do médico e sujeita-se às suas intervenções. A parte superior do corpo assiste, impotente e submissa, à intervenção médica efectuada na parte inferior. Incapaz de participar, a mulher fica condenada a suportar; quanto ao bebé, tem de enfrentar sozinho as contracções. A mãe é forçada a abandoná-lo em plena tormenta, não
seguem juntos o mesmo percurso."

Quando o corpo consente, Marie Bertherat

"Seja qual for a forma, por enquanto misteriosa, da minha dor, ela será minha e já é minha. A dor do parto não será uma dor imposta. Não tem nada a ver com a dor do corpo machucado ou ferido. Esta sim, enfraquece, avilta,destrói. Esta merece ser anestesiada. Não a dor do nascimento. Não quero. Ouvi muitas mulheres falarem das dores do parto como um sofrimento imposto. Para elas, a sensação dolorosa das contracções é intolerável, é uma maldição herdada de mãe para filha, uma passagem compulsória e inaceitável na era em que a farmacopéia permite sua isenção. Calar essa dor parece-lhes vital. Eu as entendo. Entendo sobretudo porque elas estão se preparando para dar à luz em lugares frios e impessoais, nos quais todo o mundo só fala de dor a suportar ou de anestésicos milagrosos que podem dar alívio.
Mas não será um engodo? Por trás do discurso anti-dor das mulheres não haverá outra coisa? O medo do desconhecido, o medo da emoção, o medo de ser mãe, o medo de ser responsável por um outro ser. Será que a anestesia consegue aliviar esses medos?(...)
Deixar a própria dor manifestar-se pode ser indispensável, porque isso ajuda a mãe a conhecer-se melhor, inclusivé a conhecer seu próprio nascimento. Nascer outra vez ao dar a vida."

Quando o corpo consente, Marie Bertherat

"O importante é sentir tudo. Se se aprender a fazer isso, através da respiração e relaxamento, é como uma contemplação com o nosso corpo. É como se o útero fosse o condutor e a mulher o maestro da orquestra."
Entrevista a Sheila Kitzinger

"Com o uso da analgesia peridural, há uma tendência para que o primeiro estágio do trabalho de parto seja um pouco mais longo, e com o uso mais frequente de ocitocina. Em vários relatos e estudos, constatou-se um aumento do número de partos vaginais operatórios, especialmente se o efeito analgésico foi mantido durante o segundo estágio do trabalho de parto, suprimindo assim o reflexo do puxo. Num estudo americano recente, o número de cesarianas aumentou quando se utilizou analgesia peridural, especialmente quando iniciada antes de 5cm de dilatação (Thorp et al 1993)."
in Guia Prático para a Assistência ao Parto Normal, OMS, 2000

"Uma tarefa importante do parteiro é ajudar as mulheres a suportar a dor durante o trabalho de parto. Isto pode ser obtido com o alívio farmacológico; porém mais fundamental e mais importante é a abordagem não farmacológica, iniciado durante o pré-natal com o fornecimento de informações tranquilizadoras à gestante e ao seu companheiro, e também à sua família, se necessário. O apoio empático de prestadores de serviço e acompanhantes, antes e durante o trabalho de parto, pode diminuir a necessidade de analgesia farmacológica e assim melhorar a experiência de dar à luz."
in Guia Prático para a Assistência ao Parto Normal, OMS, 2000

terça-feira, 26 de maio de 2009

O poder transformador do parto

"Birth is not only about making babies. Birth is about making mothers."

Barbara Katz-Rothman, In Labor:Woman and Power in the birthplace

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Caminhar para o nascimento...

O objectivo dos profissionais de saúde não pode ser só a integridade física da mãe e do bebé. Cada mulher precisa apreciar o triunfo pessoal da maternidade senão o seu papel não foi cumprido. Auxiliar a mãe a caminhar, a chegar ao auge do seu esforço físico e interior que culmina no nascimento do seu bebé. Mas sendo este o SEU momento fruto do SEU esforço. Eles (mãebebé) são os protagonistas desta história de amor. E nós os meros espectadores VIP de lágrima no olho...
f.